O Governo de Cabo Verde proclamou o ano de 2024 como o ano da saúde mental no país, que registra uma taxa de quase um caso de suicídio por semana. Comprometendo-se a fortalecer as políticas existentes e destacando a prevenção como medidas centrais.
Durante o lançamento desta iniciativa, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, destacou que além de fortalecer a conscientização sobre a importância da saúde mental, há uma necessidade de desenvolver uma consciência social sobre esse problema. Ele ressaltou que todos os esforços são fundamentais para desvincular a saúde mental exclusivamente do sistema de saúde, enfatizando a responsabilidade coletiva.
O primeiro-ministro sublinhou ainda a importância de continuar as ações já em andamento no país e de promover uma conexão mais estreita entre os habitantes de Cabo Verde e o meio ambiente. Além disso, destacou a intensificação das campanhas de conscientização através dos meios de comunicação e a erradicação dos estigmas sociais relacionados à saúde mental.
“Saúde Mental, prioridade e compromisso de todos” é o lema dessa iniciativa, que tem como objetivo ampliar e aprimorar a rede de serviços de apoio em todo o território nacional, de acordo com o primeiro-ministro.
Os dados oficiais citados pela ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, revelam que 1,7% da população adulta de Cabo Verde já tentou suicídio, enquanto 3,3% considerou seriamente essa possibilidade no último ano. Dessas tentativas, apenas 35% buscaram assistência médica, evidenciando uma lacuna considerável nos serviços de apoio e no estigma associado à saúde mental, conforme os mesmos dados.
Filomena Gonçalves também apontou que 9,6% da população de Cabo Verde é fumante e 45% consome álcool, enfatizando a correlação entre esses comportamentos aditivos e a taxa de suicídio, que corresponde a quase uma morte por semana no país.
A ministra ressaltou a importância de considerar esses dados não apenas como números, mas como reflexos dos desafios enfrentados pelo país. Ela apelou à urgência e à serenidade no tratamento dessas questões, destacando a necessidade coletiva de trabalhar para melhorar a saúde mental, o que consequentemente contribuirá para o desenvolvimento humano e econômico de Cabo Verde.
