Portugal ocupa o segundo lugar global no consumo de medicamentos zolpidem, amplamente utilizados no tratamento de insônia. Segundo dados mais recentes divulgados pelo Conselho Internacional para o Controle de Narcóticos, referentes ao ano de 2022, Portugal está logo atrás do Uruguai nesse ranking. O zolpidem é uma substância sedativa e hipnótica procurada por pessoas que enfrentam dificuldades para dormir, sofrem de ansiedade ou têm prescrição médica para uso de calmantes.
Além disso, Portugal destaca-se também como um dos maiores consumidores de cetamina, um anestésico e sedativo. No entanto, o aumento significativo na demanda desses medicamentos tem levantado preocupações em relação aos potenciais riscos à saúde. Embora a medicação ofereça uma solução rápida para os problemas relacionados ao sono, especialistas alertam que deveria ser considerada como último recurso.
Em publicação do portal SIC Notícias, Daniela Ferreira, presidente da Associação Portuguesa do Sono (APS), ressalta que o zolpidem pode causar dependência, levando muitos usuários a aumentar as doses ao longo do tempo. Ela lamenta a preferência por soluções imediatas, como a medicação, em detrimento de mudanças de hábitos, como evitar o uso de telas antes de dormir ou reduzir o consumo de cafeína.
Dados do Conselho Internacional para o Controle de Narcóticos revelam que o consumo médio de zolpidem na Europa é significativamente maior em comparação com outras regiões, com Portugal se destacando entre os 64 países que forneceram informações sobre o assunto.
