NotíciasOs impactos das noites mal dormidas

Os impactos das noites mal dormidas

Para muitos, desfrutar de uma boa noite de sono é um verdadeiro privilégio. Segundo dados da Associação Brasileira do Sono (ABS), cerca de sete em cada dez brasileiros enfrentam alguma forma de dificuldade relacionada ao sono. Entre os sintomas mais comuns estão o cansaço persistente, dificuldade de concentração, lapsos de memória e oscilações de humor. No entanto, as ramificações desse problema não se limitam a meros incômodos cotidianos, estendendo-se a causas graves como acidentes de trabalho e trânsito.

Os distúrbios do sono podem ter origens diversas, abrangendo desde questões psicológicas como ansiedade e problemas de saúde mental até fatores ambientais desfavoráveis, como ruído excessivo, iluminação inadequada e temperaturas desconfortáveis. Além disso, problemas de sono podem ser indicativos de condições médicas subjacentes, como hipertireoidismo, menopausa e fibromialgia.

Recentemente, durante uma palestra realizada no Senado pela Associação Brasileira do Sono como parte da Semana do Sono, o médico Raimundo Nonato abordou a chamada Síndrome do Sono Insuficiente, que se tornou cada vez mais comum nos tempos modernos.

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“Trata-se de uma condição na qual a pessoa sacrifica horas de sono em prol de trabalho e compromissos sociais, mergulhando em uma rotina frenética que não respeita os horários nem as necessidades individuais”, explicou o especialista.

Enquanto dormimos, nosso corpo realiza processos vitais de reparação, incluindo o crescimento muscular e a síntese de proteínas. Estudos demonstram que um sono de qualidade reduz significativamente o risco de doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e diabetes, além de contribuir para a regulação hormonal, manutenção do peso saudável, redução do estresse e fortalecimento do sistema imunológico.

A quantidade ideal de horas de sono varia de pessoa para pessoa, sendo crucial que cada indivíduo reconheça suas próprias necessidades e limitações. De acordo com a Fundação Nacional do Sono dos Estados Unidos, adultos devem buscar de 7 a 9 horas de sono por noite. No entanto, dados da ABS revelam que os brasileiros dormem, em média, apenas 6,4 horas por noite.

É fundamental diferenciar noites mal dormidas de insônia propriamente dita. A insônia geralmente se manifesta através da dificuldade para adormecer ou manter o sono, despertares precoces ou uma sensação de falta de descanso ao acordar. O diagnóstico preciso requer critérios específicos e a orientação de um profissional de saúde para identificar a causa do problema e determinar o tratamento adequado.

Existem diversas estratégias para melhorar a qualidade do sono, incluindo a criação de uma rotina regular de sono, a evitação de estimulantes como cafeína e álcool, a prática de técnicas de relaxamento como meditação e respiração profunda, e a realização de alongamentos para aliviar a tensão muscular. Além disso, preparar-se adequadamente para o sono, criando um ambiente propício e dedicando tempo para relaxar antes de dormir, pode facilitar o processo de adormecer.

Para determinar se está dormindo bem, o médico Raimundo Nonato sugere uma avaliação simples pela manhã:

“Pergunte a si mesmo se está disposto e preparado para enfrentar o dia, ou se preferiria voltar para a cama”, aconselha.

Se a sensação de cansaço persistir mais de três vezes por semana durante três meses ou mais, é recomendável buscar ajuda profissional para uma avaliação mais aprofundada.

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Redação TVPsi
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