No documentary The Empathy Gap (Lacuna na Empatia) o cineasta Thomas Keith questiona as maneiras em que somos bombardeados pela sociedade com mensagens sexistas e misóginas. Ele nos convida a analisar como essas mensagens implícitas e explícitas formam a personalidade masculina. Por sua vez, reduzindo a capacidade dos homens de ter empatia pelas mulheres, respeitá-las como iguais e levar o feminismo a sério.
A masculinidade é transmitida em meio a mensagens de que os homens devem adquirir riqueza material, enfrentar conflitos com agressões, suprimir todas as emoções, exceto a raiva, e ver as mulheres como objetos sexuais, as quais podem causar danos tanto a mulheres quanto a homens. O documentário também oferece sugestões concretas sobre como podemos trabalhar para mudar está mensagem, a fim de ajudar meninos e homens a desenvolverem mais empatia – pelas mulheres e por outros homens.
O filme cita uma pesquisa feita em 1940 pelos psicólogos Kenneth e Mamie Clark para analizar os efeitos da segregação racial e a internalização da inferioridade em crianças Afrodescendentes. Eles conduziram um experimento usando bonecas com tonalidades de pele branca ou preta. Perguntavam as crianças qual das bonecas era a boneca má e por quê. As crianças respondiam que as bonecas más eram as de pele negra e a boneca de pele branca e olhos azuis eram mais bonitas por esta razão eram as bonecas boas. Este experimento foi replicado em 2006 pelo cineasta Kiri Davis com o intuito de verificar se algum progresso havia ocorrido com o passar do tempo. Os resultados foram semelhantes ao estudo original. Kieth então, criou uma adaptação do estudo para verificar noções de inferioridade entre gêneros. Usando bonecas meninas e meninos ele perguntava as crianças qual era a boneca mais inteligente e qual era a boneca mais boazinha. Crianças de ambos os gêneros identificavam os bonecos meninos como os inteligentes e as bonecas meninas como as boazinhas.
A cineasta Lauren Greenfield questionou em que idade a inferioridade feminina era internalizada. Ela fez então um outro experimento pedindo meninos meninas, homens e mulheres para agirem como meninas. Correr como uma menina, lutar como uma menina, jogar como uma menina…. Apenas meninas de 9 anos ou mais novas agiram como meninas sem qualquer conotação pejorativa. Keith desenha paralelos fascinantes entre o sexismo e racismo, explicando como cada um deles está enraizado em normas culturais que desencorajam a empatia e mostra como os homens que quebram essas normas vivem vidas mais felizes e saudáveis. Keith entrevista homens que são exemplos de mudança de paradigma e cita o pensamento de muitos outros inspiradores.
“O nosso negócio é criar seres humanos e não estereótipos de gênero extremistas. Precisamos elevar as gerações futuras para que sejam empáticos, compassivos, amorosos, atenciosos, estimulantes, fortes! Não necessariamente para serem fisicamente fortes, dominadores, mas para ter força interna, dignidade, nobreza, coragem”. -Jennifer Siebel (tradução livre)
“Eu acho que o homem mais velho precisa entender que ser homem não significa gritar e berrar, menosprezando, usando insultos homofóbicos ou sexistas para descrever o que outro homem está fazendo. Ao contrário, isso é arcaico! O que digo aos homens mais velhos o tempo todo é que eles precisam estar dispostos a crescer e evoluir para um tipo diferente de homem e um tipo diferente de ser humano”. –Kevin Powell (tradução livre)
A definição de empatia é a ação de entender, estar ciente, sensível e experimentar indiretamente os sentimentos, pensamentos e experiências do outro seja do passado ou do presente, sem precisar que eles sejam plenamente comunicados de forma objetiva ou maneira explícita.
A mensagem deste documentário é que para sermos empáticos precisamos de conexão e para termos conexão precisamos de amor. Para que as pessoas tenham empatia é necessário humanizar o outro. Precisamos ver o outro e sentir o outro. Isso requer que compreendamos e sintamos o outro. Porem primeiro precisamos nos permitir ser vulneráveis e congruentes com nossos sentimentos para que possamos nos abrir e convidar o outro a entrar.
The Empathy Gap (Lacuna na Empatia)
Masculinity and the Courage to Change (Masculinidade e coragem de mudar)
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=rsT5qzCyIbo
Outros filmes produzidos por Keith inclui “The Bro Code” (https://www.youtube.com/watch?v=mKmn2OY7AMI) e “Generation M” (https://www.youtube.com/watch?v=lEd2ZGLsUew) onde Keith fala sobre a disseminação cultural da violência pandêmica contra as mulheres.
*legenda traduzida automaticamente para o português disponibilizada pelo YouTube.
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–Giovana Lippi