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Estudo mostra que 1 em cada 3 profissionais de saúde tem níveis severos de burnout

Não é novidade que, depois de quase um ano a lutar contra a Covid-19, os profissionais de saúde estão exaustos, não só física como mentalmente. De acordo com um estudo divulgado esta segunda-feira, 22 de fevereiro, um em cada três desses profissionais apresenta níveis de burnout severo.

Estes dados resultam de um estudo da Universidade Portucalense. Liderado pelos investigadores Sofia Gomes e Pedro Ferreira, o estudo “Resiliência e Burnout em Organizações de Saúde” inquiriu 196 pessoas. 

A partir da informação recolhida, os investigadores chegaram à conclusão que 58,2 por cento apresentam elevada exaustão emocional, o que quer dizer que o esgotamento os leva a níveis elevados de cansaço no trabalho, sensação de vazio e ainda dificuldades em lidar com as emoções dos outros. Ao mesmo tempo, 54,6 por cento apresentam uma elevada perda de realização pessoal, traduzindo-se num sentimento de não estarem a ser bem sucedidos profissionalmente.

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Por outro lado, os dados indicam também que 33,7 por cento dos inquiridos apresentam um elevado nível de despersonalização, o que implica uma certa distanciação quando prestam cuidados. 

De acordo com o comunicado de divulgação do estudo, os investigadores defendem que “níveis altos de burnout conduzem habitualmente a menor envolvimento com o trabalho e índices inferiores de produtividade e performance, e identificam a resiliência como fator determinante no combate a esta síndrome”. 

Os dados deste estudo foram recolhidos entre novembro de 2020 e janeiro deste ano, um dos pontos altos da pandemia. É importante referir ainda que 77 por cento dos inquiridos são mulheres, 73,3 por cento tem menos de 40 anos, e 53,1 por cento tem filhos.

Ao mesmo tempo, entre os profissionais que participaram no estudo, 73 por cento são enfermeiros e 24,5 por cento são médicos, sendo que 55,6 por cento exercem a sua profissão há mais de 11 anos e nos últimos seis meses trabalharam em média 47,6 horas, em que o número máximo registado foi de 140 horas semanais.

“Quanto maior o nível de recuperação das adversidades e adaptação a situações de tensão e stress, maiores os níveis de realização pessoal, e consequentemente, menores os níveis de exaustão e de despersonalização”, apontam ainda os especialistas.

Fonte: nit.pt

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Redação TVPsi
Redação TVPsi
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