Por George Woyames, LCSW *
Celebrar festas de fim de ano com parentes e amigos é desejável, conquanto haja bom entendimento entre participantes, o que nem sempre é acessível. Consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou drogas exacerbam a perda de controle emocional, Gerardo situações em que a famosa “boca fechada não entra mosquito” cessa, e o “deixa pra lá” desaparece. Ressentimentos adormecidos vêm à tona, frequentemente baseados em quiproquós não resolvidos entre casais ou pares e outros pugilistas presentes. Muitos casais temem participar de festas de fim de ano e aniversários em família, ambos terrenos escorregadios, fáceis de fazer com que seja preciso pisar em ovos, como se diz no Brasil, expressão que sintetiza a fragilidade e o drama de situações ambíguas, propicias às confusões.
Thaiana Brotto, psicóloga brasileira, em “Psicólogo e Terapia” (publicação de 7 de julho 2021), sugere várias medidas voltadas à prevenção de confrontos durante as festas de fim de ano, entre as quais cuidar de problemas familiares com antecedência; evitar discussões polemicas; relevar alguns embaraços condutíveis ao aumento de nossa carga de estresse, e agradecer pelos bons momentos.
Em minha prática no aconselhamento de casais brasileiros e portugueses nos Estados Unidos, auxiliei clientes a planejar conjuntamente como evitar ou reduzir embaraços em festas de fins de ano e aniversários, baseados em sus experiências previas entre as famílias de origem.
O método é simples: encorajar casais a expressar ansiedades relativas às próximas festas, focando em quais situações temem acontecer. Mais importante: solicitar do casal histórias de como resolveram situações semelhantes, sozinhos ou apoiados. Fortalecidos emocionalmente, cônjuges são ajudados a planejar estratégias de prevenção e redução de conflitos. Eis algumas delas:
- Preparar o terreno, combinando antecipadamente certos sinais de “abandonar o barco”, ou seja, sair do ambiente nocivo o mais rápido possível. Se entre os convidados houver pessoas de personalidade difícil, incluindo sogros, sogras, irmãos e amigos da família, planejar como permanecerem calmos ante a borrasca.
- Resolver ressentimentos antes da festa, se necessário com apoio terapêutico, e intensificar a vida amorosa. Sexo bem resolvido é barreira contra bisbilhotices alheias. Seu complemento, paixão, é grande antidoto contra casas de marimbondo disfarçadas em conversa.
- Evitar álcool excessivo, drogas, e pessoas toxicas. Infelizmente certos indivíduos são como vampiros psíquicos. Narcisistas agudos, não lhes apetece ver outros felizes. Se possível, sugam as energias positivas do meio ambiente.
- Desenvolver tópicos pré-definidos para desviar conversas inoportunas., especialmente em situações em que preferencias religiosas, ou políticas, possam causar embates. Mudar de assunto previne mal-entendidos.
- Individualmente, fazer listas de gratidão mútua, e compartilhá-las com o(a) parceiro(a). Antes de sair, de mãos dadas, agradecer ao Criador estarem juntos.
Boas Festas.
* George Woyames, jornalista e assistente social, é Coordenador do Núcleo de Mobilização Social da TV PSI.