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Pesquisa aponta que pelo menos um terço dos brasileiros enfrenta questões de saúde mental

Recentes pesquisas revelam que quase um terço dos brasileiros enfrenta questões de saúde mental, como ansiedade, insônia e alterações no apetite, conforme indicado por um levantamento do Datafolha. Paralelamente, uma pesquisa do Instituto Ipsos destaca que 52% dos brasileiros consideram a saúde mental sua principal preocupação em relação à saúde. Essa inquietação ganhou destaque durante a pandemia da Covid-19, apontada como um fator crucial para agravar a saúde mental, especialmente nas populações mais afetadas. No entanto, a pandemia também trouxe à luz uma situação já crítica há décadas.

A metodologia da Carga Global de Doenças revela que transtornos mentais, como depressão, esquizofrenia e dependências químicas, representam aproximadamente 16% do impacto total das doenças na população mundial. A depressão, por sua vez, emerge como uma das principais causas de anos vividos com incapacitação em nível global.

No cenário brasileiro, dados apontam para um aumento preocupante nos transtornos mentais, destacando-se a taxa de suicídio como indicador global. Enquanto muitas regiões testemunham uma redução, o Brasil enfrenta um crescimento progressivo desde o início do século 21, conforme destacado pela OPAS (Organização Panamericana da Saúde), em um recente relatório sobre saúde mental e Covid-19 nas Américas.

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O relatório da OPAS enfatiza a necessidade de ações urgentes, propondo recomendações vitais para os governos. Essas, incluem a priorização da saúde mental como uma questão de Estado, integração de esforços governamentais e sociais, aumento do financiamento para políticas e programas de saúde mental, e foco especial na infância e adolescência. Combate a pobreza, violência de gênero e racismo estrutural também são enfatizados, assim como a expansão da rede de atenção à saúde mental na comunidade.

O desafio de garantir acesso efetivo aos cuidados em saúde mental é expresso nos relatórios da OMS (Organização Mundial da Saúde), que destacam a falta de atenção recebida por aqueles que apresentam sintomas, mesmo em países desenvolvidos. No Brasil, dados revelam que apenas uma em cada cinco pessoas com sintomas de depressão recebe algum tipo de tratamento, muitas vezes limitado à prescrição de medicamentos.

Para superar esse desafio, é necessário adotar ações concretas, incluindo um aumento significativo no investimento financeiro para programas de saúde mental, expansão da formação de profissionais especializados, capacitação de profissionais de saúde não especializados e a incorporação de novas tecnologias, especialmente aquelas que utilizam meios digitais para ampliar o acesso aos cuidados em saúde mental.

Além disso, enquanto países desenvolvidos alocam pelo menos 5% dos recursos em saúde para programas de saúde mental, o Brasil permanece estagnado, com gastos federais na área da saúde oscilando entre 2% e 3% nas últimas duas décadas. São necessárias ações imediatas para reverter esse cenário e garantir que a saúde mental seja priorizada e acessível a todos os brasileiros que necessitam de apoio.

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Redação TVPsi
Redação TVPsi
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