Janeiro é frequentemente considerado o ponto de partida para novas metas e o resgate de sonhos antigos, especialmente quando se trata de dedicar tempo à saúde mental e emocional. Vivemos em um contexto no qual as pressões e desafios do dia a dia constantemente afetam nossa qualidade de vida. Nesse cenário imprevisível, é crucial redobrar a atenção, tornando a preservação da saúde mental e física não apenas uma opção, mas uma necessidade. É aqui que entra o Janeiro Branco, uma iniciativa que busca conscientizar e mobilizar a sociedade em prol da saúde mental.
Criada em 2014 pelo psicólogo Leonardo Abrahão, essa campanha brasileira recebe o nome do primeiro mês do ano, simbolizando um recomeço. O “branco” remete à página em branco, representando a ideia de que todos têm o poder de escrever suas próprias histórias, principalmente nos primeiros dias do ano, que servem como estímulo para estabelecer novas metas.
Quando olhamos para o panorama nacional, dados alarmantes surgem. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil destaca-se por ter uma das populações mais ansiosas e estressadas do mundo. Além disso, o país ocupa o segundo lugar em diagnósticos de Síndrome do Esgotamento, também conhecida como Burnout.
Recentemente, o Ministério da Saúde incluiu o Burnout na lista de doenças ocupacionais, seguindo a orientação da OMS. Esta última, por meio do relatório “Depressão e outros transtornos mentais”, aponta que o Brasil lidera em prevalência de depressão na comparação com outros países da América Latina, afetando mais de 10 milhões de brasileiros.
Apesar dos tabus que ainda persistem, observa-se uma sociedade mais consciente sobre o bem-estar geral. Priorizar a saúde mental vai além de buscar tratamento para transtornos já existentes; trata-se também de prevenção, adotando práticas que promovam não só a saúde física, mas também a mental e emocional.