Um estudo recente indica uma visão alarmante sobre o futuro da demência em Portugal, prevendo que o número de casos possa dobrar em 50 anos, devido ao envelhecimento significativo da população. Este aumento projetado significa que cerca de 450 mil portugueses poderiam estar lidando com demência até 2080, representando um dos maiores desafios de saúde pública em escala global.
O envelhecimento acelerado da população é apontado como o principal impulsionador desse aumento preocupante, com a demência, incluindo condições como Alzheimer e demência frontotemporal, emergindo como uma consequência significativa. Estima-se que até 40% dos casos de demência possam ser atribuídos a fatores de risco evitáveis, como inatividade física, diabetes e hipertensão.
O estudo destaca que, em um cenário de crescimento moderado, daqui a pouco mais de meio século, cerca de 40% da população portuguesa terá 65 anos ou mais, contribuindo para uma maior prevalência destes casos. Além disso, é previsto que três em cada quatro pessoas diagnosticadas com demência terão mais de 80 anos, sublinhando a crescente demanda por cuidados e recursos.
Diante dessas projeções, os pesquisadores enfatizam a urgência de desenvolver e implementar um plano nacional abrangente para lidar com essas doenças neurodegenerativas. Isso inclui não apenas a alocação adequada de recursos, mas também a necessidade de uma abordagem preventiva mais robusta para minimizar os impactos da demência.
Por fim, o estudo observa que as mulheres continuarão a ser mais afetadas pela demência, refletindo tendências demográficas e padrões de saúde conhecidos. Essas descobertas ressaltam a necessidade de políticas e intervenções específicas que considerem as disparidades de gênero nesse contexto.