Para preservar a saúde mental e assegurar a longevidade no mercado de trabalho, bem como a retenção de talentos, é fundamental que as empresas adotem medidas concretas. Isso inclui a implementação de políticas de proteção à saúde mental, a promoção de um ambiente de trabalho saudável, a remodelagem da cultura organizacional e a criação de um clima organizacional que seja satisfatório pela equipe.
A discussão sobre saúde mental nas organizações tornou-se delicada, à medida que um número significativo depessoas enfrentam desequilíbrios emocionais, resultando em uma qualidade de vida comprometida. No Brasil, as doenças mentais representam uma das principais causas de afastamento de profissionais do ambiente de trabalho.
Estudos recentes revelam que os transtornos psicológicos ocupam o terceiro lugar em perícias médicas no INSS, com a depressão liderando as estatísticas. Esses dados são alarmantes, visto que mais de 50% dos brasileiros já enfrentaram problemas de ansiedade. A relevância do tema é evidenciada internacionalmente, com estatísticas indicando que o estresse relacionado ao trabalho é o segundo problema de saúde mais frequente na Europa.
A busca por lucratividade e resultados satisfatórios nas empresas tem sido um fator determinante para o impacto significativo na saúde mental. De acordo com o The Wall Street Journal, as doenças mentais acarretam um impacto econômico global de aproximadamente US$ 1 trilhão em perda de produtividade.
Outros estudos indicam que 53% dos brasileiros relataram deterioração na saúde mental em 2020, durante o ápice da pandemia. Ainda hoje, quase 90% dos funcionários brasileiros acreditam que suas empresas precisam fazer mais para proteger a saúde mental. As causas dos transtornos psicológicos no trabalho incluem altas demandas de trabalho, restrições de tempo, comunicação deficiente, cultura organizacional mal gerida, exigências contraditórias e falta de reconhecimento.
Uma pesquisa da Occupational Safety and Health Association (OSHA) identifica as principais fontes de estresse relacionadas ao trabalho, como reorganização do trabalho (72%), extensas jornadas ou volume excessivo de trabalho (66%) e intimidação ou assédio no ambiente de trabalho (59%). Estes dados destacam a seriedade e atualidade da discussão sobre saúde mental, dado o tempo significativo que passamos nas empresas em comparação com nossas residências.
Empresas que demonstram preocupação e cuidado com a saúde mental têm se destacado no mercado de trabalho, tornando-se um fator competitivo importante. É essencial compreender que, além de oferecer salários atrativos, a saúde física e mental dos colaboradores tem um impacto direto no desempenho das organizações.
